Projeto Carioca Sobre Rodas: A dança como fator de inclusão

Uma prática que tem se apresentado como uma ótima possibilidade de inclusão para pessoas com deficiência, é a dança. Além de botar em contato direto pessoas com e sem deficiência, ela também é um exercício físico efetivo, que pode melhorar o condicionamento físico das pessoas que vivem em cadeiras de rodas. É por isso que iniciativas como o Projeto Carioca Sobre Rodas, da Escola Carioca de Dança, são importantes socialmente. Conheça:

Projeto Carioca Sobre Rodas

O Projeto Carioca Sobre Rodas integra os cursos ofertados pela Escola Carioca de Dança, localizada no Bairro da Tijuca – Rio de Janeiro. Criado em 2002 pela pentacampeã brasileira de dança esportiva em cadeiras de rodas, Viviane Macedo, o projeto oportuniza a pessoas com deficiência, o acesso gratuito à dança e à prática esportiva.

Apesar de ter seu foco mais voltado a crianças, em Junho de 2018 o projeto também contará com turmas de adultos. São 15 vagas para cadeirantes e 15 vagas para andantes. As aulas acontecerão aos sábados, das 09h às 11h. E para participar, é necessária uma pré-inscrição, que pode ser feita por e-mail (contato@escolacarioca.com.br), por telefone (21 99507-5753), ou na sede da Escola Carioca (Rua Barão de Mesquita, 438 – Tijuca).

O trabalho desenvolvido no Carioca Sobre Rodas visa a real inclusão, colocando pessoas com e sem deficiência em um patamar de equidade na pista de dança. As aulas são ministradas por professoras de dança de salão, formadas na próprias Escola Carioca de Dança, e capacitadas para aula de dança adaptada. As aulas também têm o acompanhamento de uma assistente social, que desenvolve um trabalho com os alunos com deficiência e parentes.

A Fundadora do Projeto – Viviane Macedo

Viviane Macedo teve poliomelite com um ano e meio de idade e ficou com sequelas na perna direita, tendo que usar órtese e muleta para se locomover. Mesmo com suas limitações, ela não abandonou o sonho de virar dançarina e, com o incentivo certo, venceu barreiras. Hoje ela é bailarina, atleta e professora de dança.

Usando uma cadeira de rodas, Viviane conseguiu adaptar estilos de dança para que a prática ficasse viável a ela. As adaptações deram tão certo, que suas habilidades ganharam reconhecimento, e ela chegou ao título de pentacampeã em dança esportiva. Em entrevista para a TV Brasil ela diz que, quando começou, não esperava que fosse chegar tão longe. “Eu não pensei que esse trabalho fosse crescer da forma que ele está crescendo. Isso [o crescimento desse trabalho] para mim, é uma grande satisfação”, relata.

Histórias como essa ajudam a quebrar o paradigma social de que a cadeira de rodas é algo que impossibilita a pessoa de realizar atividades cotidianas. Com a dança adaptada, através da movimentação corporal exigida nessa atividade, o sujeito pode construir uma nova percepção social para sua condição.

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